
Kátia Barbosa e o sorriso que é assinatura
Por Caio Barbosa
Uma das cozinheiras mais desbocadas, engraçadas e talentosas do Brasil, Kátia Barbosa (que não é parente do Caio Barbosa, que vos escreve) tem alma de bar como poucas pessoas neste país.
O seu Aconchego Carioca, superpremiado mundo afora, revolucionou os botequins da cidade quando ainda era apenas uma portinha na Praça da Bandeira (onde hoje é o Bar da Frente) que recebia os chefs mais famosos do planeta encantados não apenas com o seu talento na cozinha, mas também com sua sinceridade, generosidade, bom humor, e uma dose de mau humor e ranhetice também, porque ninguém é de ferro.
Criadora do bolinho de feijoada, iguaria que se espalhou por todos os cantos, primeira a vender exclusivamente Heineken muito, mas muito antes da febre que assolou o Rio, Kátia, para os íntimos Katita, sabe das coisas.
Apesar da fama, continua frequentando pé-sujos como o Momo com a mesma frequência que os restaurantes do Claude Troisgros, seu chapa, sempre com um abraço e um esporro prontos para dar.

Imperatriz Leopoldinense no coração
Nome completo:
Kátia Maria Barbosa Lopes
Local de nascimento:
São Cristóvão, mas fui criada em Ramos.
Time de futebol:
Não tenho, mas sou Fluminense por influência da minha filha Giovanna, do Ivan e da minha irmã Janete.
Escola de samba:
Imperatriz Leopoldinense de coração.
Bebida preferida:
Hoje é Gin porque engorda menos, mas cerveja, né?

Bolinhos de feijoada, as estrelas da companhia
Tira-gosto preferido:
Qualquer coisa que tenha bacon, até o bolinho de feijoada (risos)
PF preferido:
Ninguém acredita, mas é arroz, feijão, ovo e salada de alface com tomate.
Sobremesa:
Não ligo muito para sobremesa, mas cuscuz de tapioca com coco, bem vagabundão.
Uma cerveja:
Heineken, sempre. Nunca sem ela.
Torresmo ou moela?
Torresmo, claro.
Pastel de quê?
Camarão

Dá pra ver qual é a cerveja preferida?
Empada de quê?
Palmito
O que você não come de jeito nenhum?
Ih, tem coisa pra caralho. Fígado, bucho, fui obrigada a comer cabeça de bode no nordeste. Não como nunca mais (risos).
O que não bebe de jeito nenhum?
Whisky.
O que não pode faltar na cozinha?
Pimenta.
Purrinha ou carteado?
Purrinha.
Tem medo de quê?
De ficar pobre para caralho sem um tostão no bolso para pagar as minhas contas.
Tem fome de quê?
Cultura.
Uma superstição:
Não passo debaixo de escada nem fodendo com Mel Gibson (gargalhadas).

Elis Regina encanta em cada canto
Uma saudade:
Meu pai, Ermiro Barbosa.
Santo de devoção:
Santo Benedito.
Orixá:
Iansã.
Signo:
Áries
Ídolo:
Para não me encherem o saco, coloca aí: Gandhi (risos).
Um jogo inesquecível:
Ah, não lembro. Chuta aí pra mim.
Diversão preferida:
Beber com meus amigos, sempre.
Música preferida:
‘Com a Perna no Mundo’, do Gonzaguinha. “Diz lá pra Dina que eu volto” (cantarola, emocionada).

A pimenta do Aconchego. Sem ela, não rola
Programa de TV:
‘Que Marravilha’, do Claude. Bota aí para dar uma moral para ele (risos).
Livro inesquecível:
Quando eu tinha 15 anos, ganhei o livro de uma pessoa que eu admirava muito e hoje nem consigo conviver. A Ilha, do Fernando Morais, que me falava tudo o que uma pessoa de 15 anos precisava saber sobre Cuba.
Um ator:
Lázaro Ramos.
Uma atriz:
Leandra Leal.
Um cantor:
João Bosco.

No Kalango tem sonho de bobó de camarão
Uma cantora:
Elis.
Show inesquecível:
Realce, do Gil.
O último bar em que esteve:
Eu?? Kalango, ontem, caralho. É sempre o último bar que eu estive. (gargalhadas).
Sugira um bar para a gente conhecer:
Eu?? Para vocês? Vocês que têm que me sugerir. Conhecem todos. E eu também. Mas coloca o Bar do Tino, no Morro dos Prazeres. Este todo mundo tem que conhecer.